ESG: Por que se tornou tão relevante para as empresas?

Por Agência Clave em 27 de junho de 2023

Os cuidados e preocupações com o meio ambiente tem ganhado força nos últimos anos. Isso porque a pauta ambiental afeta a todos nós como sociedade, indivíduos e também no dia a dia das empresas.

O que deixaremos para as próximas gerações nos leva a tomar decisões melhores hoje. Neste artigo, você vai saber o que é ESG e como as empresas precisam agir nesse sentido. Boa leitura!

O que é ESG?

Trata-se de uma sigla em inglês, que representam três pilares da sustentabilidade:

Os primeiros investimentos relacionados ao ESG foram mapeados aproximadamente em 1970. Em 2004 o ESG tomou forma e avançou para a adoção de políticas palpáveis para todas as empresas mundiais.

Em 2007, foram criados os green bonds (títulos verdes) que servem para captar recursos para a promoção do meio ambiente. Hoje, essa política ganhou força e o estabelecimento de uma meta: até 2025, aproximadamente 57% dos ativos de fundos da Europa serão baseados nos critérios ESG, equivalente a 7,6 trilhões de euros.

Quando aplicados em uma empresa, os pilares ou critérios ESG mostram o nível de sustentabilidade que ela tem, bem como o que é preciso melhorar. Além disso, o ESG tem como objetivo demonstrar se uma empresa possui capacidade para investir em ações sociais ambientais que geram impacto positivo na sociedade.

Por que essa pauta é importante?

Porque os cuidados e conservação do meio ambiente diz respeito a todos nós como sociedade ou empresas, impactando diretamente o nosso futuro. Além disso, a empresa que está engajada com esse assunto cria um compromisso de cumprir as obrigações propostas com o meio ambiente e assim melhorar o meio onde vive.

Uma grande indústria, fábrica ou distribuidora, por exemplo, precisa mapear os impactos que a sua produção causará no meio ambiente, bem como os benefícios para a sociedade (geração de empregos, fortalecimento do mercado, etc).

Critérios para avaliação e implementação do ESG nas empresas

Todas as empresas atuam em determinados setores, alguns afetam mais o meio ambiente do que outras. Nesse sentido, alguns critérios do ESG foram criados para mapear os conceitos e aplicá-los corretamente nas organizações. Vamos conhecê-los a seguir:

Ambiental

Na parte ambiental, os critérios giram em torno de questões que afetam diretamente a conservação do meio ambiente, bem como no descarte correto dos resíduos e lixos:

Política de desmatamento;
Quantas fontes de energia renovável são usadas pela empresa;
Gestão e descarte dos resíduos;
Medidas adotadas pela empresa sobre as mudanças climáticas;
Formas adotadas para reduzir ou diminuir a poluição do ar e da água ;
Logística reversa dos produtos e serviços;
Quantas empresas do Fair Trade (comércio justo, limpo) são fornecedoras diretas da empresa;
No caso de empresas que possuem terrenos, como a biodiversidade local tem sido preservada.

Social

Por ser um critério amplo, vários pontos precisam ser abordados em relação ao impacto social da empresa na sociedade:

Taxa de rotatividade de colaboradores (turnover);
Se existe um plano de previdência para os funcionários;
Como são os benefícios e vantagens oferecidos a eles;
Qual é a posição da empresa sobre a política de direitos humanos: pública ou política?
A remuneração paga aos colaboradores é satisfatória e condizente com o mercado?;
Como é feita a estrutura de treinamento e qualificação dos cursos e melhorias apresentadas aos colaboradores;
Há uma política sobre a inclusão, diversidade e a prevenção do assédio sexual na empresa?;
A missão e os valores da empresa são condizentes com a sua atuação na sociedade?;
Quanto aos fornecedores diretos e indiretos da empresa, eles estão engajados com a causa de não aceitar trabalho infantil ou escravo, bem como na atuação de áreas desmatadas ou queimadas?.

Governança

Aqui, os critérios envolvem os interesses de acionistas, investidores e donos da empresa:

Há transparência contábil e fiscal na parte financeira da empresa?;
Os relatórios da empresa refletem os ganhos reais, bem como custos e despesas da organização?;
A remuneração dos acionistas está clara e definida?;
Há equidade, independência e diversidade nos conselhos decisores da empresa;
A adoção de práticas anticorrupção estão bem estabelecidas?;
Há uma gestão de riscos?.

No Brasil, a política e aplicação do ESG nas empresas está avançando cada vez mais, focando na diversidade, inclusão, equidade, qualidade de vida dos colaboradores, governança e liderança, bem como as mudanças climáticas que afetam o meio ambiente diretamente.

Adotando essas políticas do ESG nas empresas, elas ganharão destaque na sociedade, bem como relevância no mercado e fortalecimento da marca. Tudo isso precisa ser inserido gradualmente e de forma verdadeira na organização.

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